Primeiras aulas do Fast Heroes empolgam a gurizada

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Três, dois, um… Qual o número que vocês devem ligar quando há suspeita de AVC em alguém da família? A resposta dos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Greiss pôde ser ouvida em quase toda cidade de Sapucaia do Sul, tamanha a afinação e entusiasmo das crianças de oito e nove anos: 192! Assim foi na última terça (7/11), com apenas uma aula do projeto Fast Heroes, implantado numa parceria entre a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) e Secretaria Municipal de Educação e que prepara crianças para o reconhecimento do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A pergunta acima foi feita pelo coordenador da Linha de Cuidado do AVC do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), Diógenes Guimarães Zãn, que entrou de surpresa em uma sala para conversar com os alunos. Ele ficou impressionado com a familiaridade que as crianças já detinham sobre o tema, em apenas uma aula. Usando máscara e capa de super-heróis, elas tinham todas as respostas na ponta da língua, sem falar na espontaneidade dos questionamentos feitos ao neurologista e a alegria com que interagiam com os professores e convidados.

Acompanhando o início das aulas, a coordenadora educacional da Secretaria Municipal de Educação, Gabriella Ávila, adiantou que o objetivo é chegar às famílias desses alunos. “Se com uma aula eles já empolgam dessa maneira, tenho certeza que serão nossos futuros heróis para salvar vidas”, previu a pedagoga. A professora da turma, Lilian Martins Matiola, avaliou que o projeto vai agregar vários conhecimentos. Segundo ela, os materiais de apoio são muito atrativos, dinâmicos e fáceis de se trabalhar com as crianças. Adriana Chilante, coordenadora do Instituto de Ensino e Pesquisa da FHGV, festejou o start da iniciativa: “Estou encantada vendo a receptividade e adesão das crianças à proposta pedagógica.”

“Já sei que o AVC ainda não tem cura, que tem como ter tratamento para poder cuidar e também o número para poder chamar o Samu para nos ajudar”, disse literalmente o pequeno Igor Correia, de nove anos, ao ser indagado sobre o que havia aprendido. Lívia da Silva, também de nove anos, convive com a avó e já sabe o que fazer. “Cuidar se ela tem força no braço, se o sorriso não vai cair, a pessoa pode até morrer se não for atendida rapidamente”, alertou.

Professora Lilian

Zãn, que trabalhou pela adoção do projeto no município, saiu impressionado com a aceitação por parte das crianças. “Fui contagiado pela energia dos pequenos. Eles já sabem os sintomas do AVC e para onde devem ligar. Agora, vão transmitir esse conhecimento em casa, para os adultos com que residem. Assim, vamos transformar uma cidade”, comemorou o neurologista.

Educar para salvar

A Iniciativa Angels, que trabalha mundialmente para reduzir as mortes por AVC, tem as crianças como aliadas para alcançar o objetivo. No lançamento, no final de outubro, a consultora científica do projeto no Brasil, Anna Carolina Abarnches da Costa, denominou Sapucaia do Sul como a primeira Cidade Angels do Rio Grande do Sul.

Em 2022, o HMGV conquistou o certificado de Centro Essencial do AVC. Agora, chegou a vez das escolas entrarem em ação para habilitar os alunos a identificarem os sintomas da doença e chamarem socorro imediato. Até o final do ano, 24 escolas do município vão tratar do tema durante cinco aulas. A meta é impactar mais de 4.000 alunos.

Texto: Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV

Fotos: Comunicação FHGV e Arquivo Pessoal

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