Três décadas de zelo com o serviço de saúde

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Notícias

Carinhosamente, Dona Carmô. Ou, no crachá, Carmozina Souza de Oliveira, que desde 4 de setembro de 1995 bate o ponto no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), onde ingressou por concurso promovido pela prefeitura de Sapucaia do Sul. Quase metade da vida dedicada a uma causa nobre: servir ao público e à saúde. “Trabalhava no comércio, mas me realizei ao entrar no hospital, de onde nunca mais saí”, resume ela em seu último dia de expediente, nesta quinta, 15 de fevereiro.

Ao longo desse tempo, sempre exerceu as funções no Almoxarifado, setor responsável pelo controle de estoques e distribuição de uma enormidade de produtos necessários ao bom funcionamento de uma casa de saúde. “Eu visto a camiseta. Muitos colegas me consideram chata, mas sou rígida mesmo para entregar material, pois tenho enorme preocupação com a economia”, relata. A atuação é referendada pela gerente Administrativa do hospital, Loredi Becker: “Dona Carmô é uma querida. Trabalhadora exemplar. Comprometida e com foco na economia, o que é fundamental num serviço de saúde.”

Com a equipe do hospital

“Do início até uns dez anos atrás, fazíamos tudo de forma manual, pois nada estava informatizado. Mensalmente, eu enviava à prefeitura o inventário com o estoque atualizado”, relembra a moradora de Sapucaia, que não faltou ao serviço nem durante a pandemia. “Meu filho me trazia de carro nesse período mas, depois, continuei vindo de ônibus até aqui”, conta orgulhosa, frisando que não é de faltar ao trabalho.

Indagada sobre o que faria a partir da aposentadoria, Dona Carmô se mostrou em dúvida. “Não sei como vai ser acordar e não vir para cá”, disse preocupada. Depois, completou: “Acho que vou fazer academia e visitar os parentes.” E, com certeza, vai dedicar boa parte do seu tempo ao casal de netos, fruto de seu único filho.

Com a equipe do Same

História de respeito

Em meio a um ambiente emotivo, de despedida e agradecimentos, as lágrimas não faltaram, nem por parte da homenageada nem por parte dos colegas. Denise Fontela, chefe do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same), onde Carmozina ficou lotada nos últimos cinco meses, adianta que vai sentir muita falta da funcionária. “Conheço a Carmô há nove anos. Competente e comprometida, dona de um coração maior que ela”, descreve visivelmente emocionada.

O diretor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Rafael Teixeira Dutra, e a coordenadora da Unidade de Gestão de Pessoas, Fernanda Bosenbecker Machado, também foram ao Same se despedir da funcionária. “Agradecemos muito a contribuição que a senhora deu ao longo de tantos anos à nossa instituição e desejamos muita sorte nessa nova etapa da vida”, disse o diretor, abraçado à Dona Carmô.

Texto e fotos: Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV

Recent Posts