Árvore da Vida traduz em arte o vínculo entre mãe e filho

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Notícias

Para cada mãe que passa pela experiência de gerar e carregar vida dentro de si, qualquer momento da gravidez é único. No Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, é missão fazer com que as mulheres atendidas no Centro Obstétrico (CO) sintam-se acolhidas e seguras em todas as fases da gestação. A fim de ampliar os serviços de uma assistência humanizada, as equipes de Enfermagem e Fisioterapia do CO estão oferecendo a produção de árvores da vida para eternizar a conexão entre mãe e bebê. Esse trabalho, que acontece há quatro meses, consiste na pintura da placenta da genitora e seu carimbo em papel.

A placenta é um órgão que se desenvolve durante a gestação e, nesse período, é responsável pelo bem-estar do feto no útero, desempenhando, entre outros papéis, a nutrição e proteção imunológica do nascituro. O órgão fetomaterno é único para cada gravidez e possui uma estrutura que, ao ser pintada, se assemelha a uma árvore. Após o nascimento do bebê, a placenta é expelida e, não tendo mais utilidade, é descartada pelos profissionais de saúde. “Então, para proporcionar a lembrança para a mãe desse órgão que esteve por nove meses dentro do útero e que ajudou a gerar seu filho, introduzimos no CO a Árvore da Vida. Algo para além do atendimento básico, um diferencial que oferecemos com carinho para essa mãe, para ela ter a melhor lembrança possível da gravidez e do parto”, explica a enfermeira do Centro Obstétrico, Aline Piaszenski.

As árvores da vida são produzidas pelas equipes de Enfermagem e Fisioterapia do Centro Obstétrico

Processo e Recepção

A Árvore da Vida pode ser realizada em seguida à retirada da placenta, em qualquer forma de parto, normal ou cesárea, desde que o órgão esteja íntegro. Depois de oferecer a arte para as mães em trabalho de parto, as etapas de produção da imagem começam com a higienização e secagem da placenta, seguindo para a escolha das tintas, pintura, carimbo no papel e personalização com as informações do nascimento do bebê, além de mensagens da equipe que trabalhou no parto. De acordo com Aline, o “presente” tem sido muito aceito pelas gestantes. “Já aconteceu, inclusive, de mães trazerem seus próprios materiais para realizarmos a arte da sua Árvore da Vida”, conta.

Para o casal Priscila Carolina e Alex Sandro, o dia 23 de outubro de 2023 vai ser sempre especial. Foi nesta data que eles puderam, pela primeira vez, segurar a bebê Lívia. A primeira filha do casal era muito esperada. Depois de um longo percurso e tratamento para conseguir engravidar, Priscila conta que o período da gestação e do parto foram perfeitos. Lívia nasceu de parto normal, com 47 centímetros e pesando 3,2 quilos. Para imortalizar esse momento, os pais aceitaram a realização da Árvore da Vida da filha. “A placenta é a porta dos nutrientes dos nossos filhos, por onde eles crescem dentro de nós, então achei a atitude muito linda e me emocionei com o resultado”, relata a nova mãe.

Para Priscila, o acompanhamento no CO foi encorajador. “Estava com muito medo, mas foi tudo perfeito e acabei me tranquilizando. A equipe foi muito pacienciosa, pois só eu sei a dor que senti e em nenhum momento eles foram ríspidos, mas sempre acolhedores”, elogia ela. Para o papai Alex, o atendimento no hospital foi excelente o tempo todo e deixou a ocasião ainda mais especial. “Na hora do parto foi só emoção e, quando ela nasceu, senti alívio e gratidão por ter essa coisa linda, um anjo nos meus braços”, comemora cheio de sorrisos.

Texto e fotos: Karolina Kraemer, orientada por Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV

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