Série de obras marca aniversário do Hospital de Sapucaia

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Hoje, 130 mil habitantes. Em 1970, 41 mil moradores. Um município que triplicou sua população em pouco mais de meio século, também precisa de uma assistência à saúde que o acompanhe. Assim pode ser definida a evolução do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), que completa hoje (13/11) 53 anos. E se há algo para comemorar na data de aniversário, são as obras que vão proporcionar mais qualidade e rapidez no atendimento a uma comunidade que ofertou a própria força de trabalho para erguer a sua primeira e única casa hospitalar.

Com o início das obras em 1956, o hospital foi inaugurado somente 14 anos depois, em 13 de novembro de 1970. E o sonho foi possível graças ao envolvimento da população, que encampou a ideia de levantar o prédio. “Sapucaia do Sul não tinha nem posto de saúde e as pessoas sentiam falta desse serviço”, conta a escritora e pesquisadora Eni Allgayer. Segundo ela, foi criada uma comissão para recolher doações. “Chamado livro de ouro, um caderno passava nas indústrias e no comércio para que os empresários escrevessem o valor que doariam para a obra”, relembra Eni. Outro fato interessante foi a venda de material de construção. “Tijolinhos impressos em uma folha eram vendidos por professoras da cidade. Cada pessoa escrevia o nome sobre quantos queria doar e pagava por eles”, recorda a pesquisadora. Concluso em 1968, ainda foram necessários dois anos para equipar o hospital e, assim, colocá-lo em funcionamento.

Como a história se movimenta, os propósitos também não param. Hoje, o Getúlio Vargas é um verdadeiro canteiro de obras, orçado em mais de R$ 15 milhões. A nova Central de Materiais Esterilizados (CME), ao custo aproximado de R$ 730 mil. A Clínica Médica, que terá 26 leitos modernizados, ao valor de R$ 1,2 milhão. A necessária reforma da subestação de energia elétrica, na faixa de RS 250 mil. E a ampliação de dois pavimentos para a criação de 92 leitos, em quartos com banheiros individuais, ao investimento de R$ 13 milhões.

Construção de dois novos pavimentos

Segundo o chefe da Engenharia da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Matheus Cunha e Silva, parte das obras deve ser inaugurada ainda em 2023. “A Clínica Médica e o CME estão avançados em aproximadamente 50% e serão os primeiros a ficarem prontos. Os dois pavimentos, com quase 100 leitos, serão concluídos até o final do ano que vem”, adianta ele. De acordo com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho da FHGV, três empresas atuam nas obras, ultrapassando 60 operários.

Para o diretor-geral da Fundação, Tércio Erany Tedesco Júnior, não há presente maior que o hospital poderia receber neste momento. “Estamos fechando três anos da atual gestão com inúmeros avanços a comemorar. Aumentamos os serviços oferecidos, aprimoramos as condições de trabalho e, principalmente, ampliamos e modernizamos a infraestrutura do Getúlio Vargas”, destaca o diretor. Ele lembra, no entanto, que tudo é pensado no sentido de dar maior assistência e conforto aos pacientes.

Porta aberta a todos

Em junho de 2010, a Lei Municipal Nº 3.224 alterou a personalidade jurídica do hospital, com a criação da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, passando a se configurar como fundação pública de direito privado. Atendendo 100% SUS, é referência para inúmeros municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, principalmente nas áreas de neurologia, saúde mental, pneumologia, traumato-ortopedia, dermatologia, cardiologia clínica e endocrinologia.

Em 2022, foi certificado como Centro Essencial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) para os municípios de Sapucaia do Sul, Esteio, Parobé e Taquara, totalizando uma população superior a 300 mil habitantes. Com a Linha de Cuidado, criada em 2021, reduziu as mortes pela doença em mais de duas vezes, baixando de 14% para 6%.

O novo Centro Obstétrico, inaugurado em junho passado, emprestou novo conceito à maternidade da instituição. Com instalações modernas e acomodações confortáveis, oferece partos cada vez mais humanizados, priorizando o acolhimento às mães e aos bebês, em uma média de 100 a cada mês.

O hospital possui hoje 167 leitos de internação, além dos reservados para emergência, recuperação, obstetrícia e observação pediátrica. No ano passado, o HMGV realizou mais de 91 mil atendimentos, estando sempre de portas abertas a quem necessita de cuidado.

Texto: Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV

Fotos: Comunicação FHGV e Arquivo Pessoal
Fotos antigas: Pesquisa/Eni Allgayer

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