Evento sensibiliza equipe hospitalar para o incentivo à doação de órgãos

 In Especiais, FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas

“Minha doença foi evoluindo para um modo grave e precisei de um transplante de coração em 2019. Faço um trabalho voluntário de conscientização porque acredito que as pessoas ao me verem, trabalhando e interagindo, sejam sensibilizadas e passem a ter um novo olhar para a doação de órgãos e tecidos. Imagine o coração de alguém querido, que não está mais aqui, mas que pode fazer bem para outra pessoa e familiares. Essa é uma grande rede do bem”, afirmou a educadora e técnica de enfermagem Cenira Lacerda.

Cenira relatou a sua história na manhã desta terça-feira (19/09) durante o seminário Doação de Órgãos e Morte Cerebral na sede da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul. Além dela, que emocionou as equipes da instituição, também participaram do evento o coordenador da Linha de Cuidado do Acidente Vascular Cerebral, Diógenes Guimarães Zãn; a responsável técnica médica da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Getúlio Vargas e presidente da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do hospital, Liliana Pellegrin; e a representante da Organização de Procura de Órgãos (OPO 1), Simone Lysakowski.

Incentivo à doação

Conforme dados da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, mais de 2,7 mil pessoas estão à espera de algum órgão. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas que aguardam por transplantes é de 60 mil. Um dos principais entraves para que ocorra a doação de órgão é a falta de diálogo a respeito do assunto nas famílias.

“De um lado temos uma lista de espera por transplante muito grande, e de outro, temos uma relação muito pequena de doadores. Quando falamos com uma família acerca do tema, um dos principais entraves é o desconhecimento do desejo do potencial doador. As famílias não sabem o que o seu parente gostaria que fosse feito. Por isso, os profissionais de saúde são referência, levando a questão para os familiares e amigos, desmistificando mitos e dúvidas”, explicou Simone, que é enfermeira e especialista em Doação e Transplantes pelo Centro Universitário São Camilo.

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 /Comunicação FHGV

Fotos: Karolina Kraemer / Comunicação FHGV

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