Gestos de carinho e atenção fazem a diferença na saúde

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Levar o paciente para tomar sol na praça, entregar uma fruta como último desejo, segurar a mão de uma gestante desacompanhada e apreensiva com o nascimento do primeiro filho. Inúmeros são os relatos humanizados de quem atua em unidades de saúde geridas pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV). Em meio ao corre-corre de tarefas diárias, as situações se acumulam e muitas vão além de uma rotina profissional, tornando-se uma lição de vida.

“Acredito que todo o atendimento deve ser humanizado. Isso é empatia. No ano passado atendi uma paciente em fase terminal, que gostaria muito de comer uma banana. Ela tinha 80 anos e dieta normal. Então, levei a fruta. Ela encheu os olhos d´água e o filho que a acompanhava agradeceu muito. Existem várias vivências de humanização, mas essa me marcou muito”, contou a auxiliar de cozinha, Márcia Janaína dos Santos, do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), em Sapucaia do Sul.

Essa passagem é uma entre tantas histórias que foram reveladas no Mês da Humanização da FHGV. E estas vivências foram expostas em painéis no Getúlio Vargas, na Clínica de Saúde da Mulher (Clisam) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Sapucaia do Sul, além do Hospital Tramandaí, no Litoral Norte.

Empatia HMGV

A auxiliar de serviços gerais do hospital de Sapucaia, Verônica Soltis, descreveu três situações que presenciou de humanização durante o trabalho assistencial na instituição. A primeira é de uma gestante prestes a ter seu bebê no Centro Obstétrico. “Uma paciente em trabalho de parto estava desacompanhada e com medo. Ela teve o amparo de um técnico de enfermagem que a recebeu, segurando sua mão durante todo o parto”, recordou.

Verônica lembrou ainda de um paciente da UTI, internado há mais de um mês, que queria ver o sol e respirar o ar da rua. Este senhor pediu à técnica de enfermagem que o levasse para um rápido passeio e ela o atendeu prontamente, pois o fato não prejudicaria o tratamento. Da mesma forma, ocorreu com um paciente da Unidade de Saúde Mental. “Ele aguardava para ser transferido. Pediu para técnicos e enfermeiros para ir até a praça em frente ao hospital e, com todos os cuidados, foi levado até lá”, afirmou a auxiliar.

Acolhimento UPA

“Gostei da atitude de um colega de segurança para com um paciente que estava sentado no corredor da UPA numa tarde muito fria. Ele estava de bermuda e chinelos, tremendo de frio. O colega veio até mim e pediu um cobertor. Achei muito bonita a atitude dele”, revelou uma funcionária da UPA.

Outra trabalhadora da unidade presenciou o atendimento de uma paciente abandonada pela família e sem condições física e emocional de ficar sozinha. “Ela foi acolhida pela equipe de enfermagem, recebeu cuidado humanizado, doação de roupa e produtos de higiene pessoal. Depois, a paciente ainda foi ajudada pela assistência social”, detalhou.

No painel da UPA, também consta mais um relato interessante: “Chamou-me a atenção quando um senhor de cadeira de rodas saiu da unidade para fazer um exame no hospital. O motorista da FHGV ajudou a técnica de enfermagem a colocá-lo na cadeira. São nos pequenos gestos que fazemos a diferença”, revelou em seu relato uma colaboradora.

Afeto Clisam

Para a técnica em enfermagem Maria Lúcia de Souza Almeida Santos, falar em atendimento humanizado todos os dias é muito importante. “Vivenciamos tristezas em nosso trabalho, mas precisamos passar conforto e segurança às pacientes”, diz ela, lembrando um momento que foi inesquecível, pois atendeu uma paciente com câncer de mama bilateral. “Ela estava abalada e naquele momento de desespero pude dar meu apoio, meu conforto e solidariedade, colocando-me no seu lugar e fazendo o que podia para apoiar e ajudar”, descreveu Maria Lúcia.

“Outro dia, uma paciente idosa, com dificuldade para caminhar, me procurou porque a filha havia jogado seus exames fora. Entrei em contato com a unidade de origem e passei o caso. Depois, ela retornou para exames com o filho, que não a aguardou. Então, chamei um taxista de sua confiança para levá-la em casa e ajudei que embarcasse com segurança no veículo. Dar atenção aos idosos é o mínimo que podemos fazer, declarou a técnica de enfermagem Maria da Glória Machado Pereira.

Aconchego HT

Uma funcionária do Hospital Tramandaí relatou o acolhimento que fez a uma família que estava muito triste, pois a mãe havia acabado de sofrer um AVC hemorrágico. “Conversei muito com a filha e dei conforto. Após uma semana, veio ao meu encontro na recepção para dizer que minhas palavras aliviaram o seu coração, sua mãe melhorou e teve alta”, relatou uma funcionária do Hospital Tramandaí (HT).

“Faz sete anos que trabalho na UTI Neonatal. A vivência que mais me marcou foi a de um bebê que estava em situação grave. A médica disse que faria de tudo para que a mãe pegasse o filho nos braços ainda com vida. A mulher ainda me pediu que batizasse o bebê”, lembrou a trabalhadora assistencial do HT.

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação FHGV

Fotos: Divulgação FHGV

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