Mês de julho enaltece as Pretas da FHGV

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Hospital Tramandaí, Notícias, UPA Sapucaia

O mês dedicado à valorização das profissionais negras que atuam na Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) está chegando ao fim. Numa iniciativa da Comissão Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Ceppir), estas trabalhadoras foram chamadas a enviarem fotos para compor o mosaico intitulado “Julho das Pretas”.

O painel com as imagens foi afixado no Hospital Municipal Getúlio Vargas, na UPA Sapucaia e no Hospital Tramandaí, onde também constam as fotos de mulheres negras que foram ou são referência na luta pela igualdade racial. O período escolhido para esta homenagem é inspirado no 25 de julho, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.

História Inspiradora

Lideranças de quilombos ou de movimentos contra a escravidão no Brasil, bem como pioneiras no enfrentamento à discriminação, foram escolhidas para também fazerem parte das homenagens. Segundo Alcione Alves, presidente da Ceppir, é uma forma de honrar a ancestralidade. “Reconhecemos a importância da luta e das conquistas de todas as mulheres negras que nos antecederam”, justifica ela.

Dandara dos Palmares (Século XVIII) – Líder feminina e companheira de Zumbi dos Palmares. Teve participação ativa na luta pela abolição da escravatura.

Tereza de Benguela (Século XVIII) – Por duas décadas esteve à frente do maior quilombo do Mato Grosso, que unia negros e índios.

Mariana Firmina dos Reis (1822-1917) – Maranhense, conhecida como a primeira romancista do Brasil. Escreveu Úrsula, considerada a primeira obra literária brasileira a criticar a escravidão.

Maria Odília Teixeira (1884-1970) – Conhecida como a primeira médica negra do Brasil e também a primeira professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia.

Carolina de Jesus (1914-1977) – Filha de pais analfabetos, estudou com ajuda da patroa de sua mãe. Viveu como catadora e escreveu três livros. “Quarto de Despejo” foi distribuído em mais de 40 países.

Jaqueline Goes de Jesus – Tem 31 anos, é biomédica e pesquisadora. Estava entre as mulheres cientistas a sequenciar o primeiro genoma do vírus SARS-CoV-2.

Texto e foto: Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV

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