Temáticas de inclusão e igualdade racial em debate para funcionários da FHGV no polo Sapucaia do Sul

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A Comissão Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Ceppir), da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), organizou uma semana de eventos nas unidades de saúde em Sapucaia do Sul e no Litoral Norte. Os colaboradores da sede da Fundação, do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), participaram de palestras e ações que resultaram em reflexões em torno da Semana da Consciência Negra.

O diretor-geral, Tércio Erany Tedesco Júnior; e os diretores de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Rafael Teixeira Dutra; Administrativo e Financeiro, Marco Antonio Baldo; e de Atenção à Saúde, Marcelo Bastiani Pasa, prestigiaram algumas das ações desenvolvidas na sede. No local, ocorreram as palestras Conceitos Sobre Desigualdade Social, Racial e Cotas; e ainda, História da População Negra, ministradas, respectivamente, por Júlia Graziela da Cunha e Cristiane Gomes.

“Gostaria de parabenizar todos os funcionários, em especial, os colaboradores negros, que trabalham  na Fundação. Quero dizer que para nós, como gestão, é um orgulho tê-los conosco, principalmente nas condições de chefia e nos mais variados cargos”, declarou o diretor da DGDP, Rafael Teixeira Dutra.

Diretores Rafael Teixeira Dutra e Marcelo Bastiani Pasa com membros da Ceppir e palestrante Cristiane Gomes
Diretores Tércio Erany Tedesco Júnior e Marco Antonio Baldo com membros da Ceppir e palestrante Cristiane Gomes

Conhecimento

Júlia Graziela é membro da Ceppir do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), da Comissão de Heteroidentificação e do Coletivo Raça, Gênero e Diversidade da Associação dos Servidores do GHC (ASERGHC), que também propaga a questão da mulher, do negro e do indígena. Ela explicou sobre como a desigualdade social reflete na questão da cor da pele e das cotas para que haja igualdade e reparação histórica, sendo necessária a compreensão de que as cotas não são associadas com a capacidade intelectual, mas sim, com a questão de normalizar o negro em todos os cargos na sociedade.

Outros conceitos abordados pela palestrante foram de desigualdade racial e desigualdade social, da diferença entre racismo e injuria racial, e da legislação brasileira numa linha histórica. Ela forneceu, gratuitamente, alguns exemplares de “20 poemas para Novembro: um resgate histórico-cultural do Coletivo de Raça, Gênero e Diversidade da ASERGHC”, que foram distribuídos aos funcionários.

“Precisamos de pessoas antirracistas que promovam a questão de igualdades de raças para que possamos caminhar rumo à igualdade. Livros lançados pela ASERGHC, poemas com temáticas de igualdade racial e da normalização do preto ocupando várias áreas e cargos na sociedade. Eu trouxe a nossa primeira edição para as pessoas poderem fazer leitura e reflexão a partir dela. Na palestra, que teve a participação dos ouvintes, fiz a revisão de conceitos  para que  entendam  o que é racismo e preconceito no cotidiano onde  estão, principalmente, na condição de pessoas negras, que se autodeclaram negra, justificando essa questão do uso correto dos termos: negro, preto e pardo, não usando  mulato ou moreno”, comentou Júlia Graziela.

A palestrante Julia Graziela falou sobre conceitos

UPA

Na UPA, a presidente da Ceppir da FHGV, Alcione Cardoso Marques Alves, abordou o tema: A Importância das Políticas Públicas no Combate das Desigualdades Raciais e do Racismo Institucional. Nesta sexta-feira (25/11), Alcione participou de um encontro de Ceppirs do Rio Grande do Sul no GHC. “Trocamos conhecimento e falamos do nosso trabalho na Fundação Hospitalar Getúlio Vargas”, contou Alcione.

A coordenadora da UPA, Jéssica Silva, está no cargo há cerca de um ano, e foi primeira mulher negra a assumir esse  comando. “Eu me sinto muito feliz em participar desse momento, que é de respeito ao próximo e entre todos, principalmente, por não deixar que se perca a lembrança de como essa data é importante para as pessoas negras. É fundamental não perdemos essa questão enquanto instituição, por isso, promovermos esse debate no espaço em que trabalhamos, é grandioso. Acredito que a Fundação, tendo a Ceppir e esse espaço, oportuniza para os seus trabalhadores o espaço para a conversa. O diálogo segue sendo o mais importante que temos para que possamos conviver melhor”, opinou Jéssica.


Presidente da Ceppir, Alcione, e enfermeira, Jéssica, primeira negra a assumir a gestão da UPA

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 (Comunicação FHGV)

Fotos: Karolina Kraemer e Divulgação FHGV

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