Getúlio Vargas inaugura espaço inédito para vítimas de violência

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas

Nesta quinta-feira (30/09), aconteceu a inauguração da Sala Lilás do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), em Sapucaia do Sul. O espaço é inédito no município e atenderá vítimas de violência contra a mulher, de gênero e infantil. Além da sala, também entrou em funcionamento um consultório lilás, que passou por uma ambientação. Esse atendimento diferenciado se faz necessário diante dos números, sobretudo de violência contra a mulher, que se intensificou no período da pandemia do coronavírus. De acordo com a Coordenadoria da Mulher, de abril a agosto, foram realizados 353 atendimentos de mulheres sapucaienses nessa situação e 103 solicitações de prorrogação de medidas protetivas.

Já o Conselho Tutelar de Sapucaia, no primeiro semestre deste ano, registrou 1.132 atendimentos. Nos registros, ainda constam o atendimento de 83 crianças atendidas por maus tratos; 23 por violência física e 19 por violência sexual. A Sala Lilás tem como objetivo prestar um acolhimento mais adequado e, principalmente, evitar a revitimização. Além disso, a assistência acontece com fluxos apropriados, registro junto aos órgãos de acompanhamento, com levantamento dos cuidados a serem observados nas abordagens e no atendimento clínico e, ainda, capacitação de equipe multidisciplinar.

Na porta da Sala Lilás, há a ilustração de uma árvore com borboletas que fazem referência à identidade visual da FHGV, e que também fazem alusão à transformação, contendo as palavras respeito, proteção e acolhimento. “Neste momento, entregamos mais este espaço assistencial ao nosso município. É oportuno agradecermos a todos que participaram para concretizar este projeto, em tão curto tempo! Nosso muito obrigado!”, declarou o diretor Administrativo e Financeiro da FHGV, Marco Antonio Baldo.

Autoridades

Além de lideranças ligadas ao comércio, da indústria, do setor lojista e dos órgãos de segurança pública, a inauguração contou com a presença de autoridades nas esferas municipal e estadual. “Queremos que Sapucaia seja referência em atendimento humanizado, o que já viemos fazendo desde o início da gestão. A Sala Lilás é a prova concreta desta preocupação. Os profissionais do hospital se preocupam em atender de forma humanizada. Já temos a Sala das Margaridas na 1ª Delegacia de Polícia e, agora, a Sala Lilás, mas o ideal é que esses espaços sejam pouco utilizados”, declarou a vice-prefeita, Imilia de Souza. Ela lembrou da revitimização na hora do atendimento, o que deve ser evitado e pode inibir a denúncia dos abusadores.

“Agora, teremos um lugar digno para dar atendimento, amor e humanidade para as pessoas agredidas. Este foi um pequeno investimento, mas com um grande significado. A obrigação do poder público é isso, proteger e acolher. As pessoas que chegarem nessa sala, com certeza, vão sair com tratamento digno, proteção e acolhimento, sempre com muito respeito”, afirmou o prefeito Volmir Rodrigues.

O deputado estadual Vilmar Lourenço observou que “a violência física e psicológica é uma triste realidade que rodeia todos os rincões do Rio Grande e Brasil”. Na sua opinião, a Sala Lilás vai auxiliar nas medidas de recuperação da autoestima da população agredida. “Infelizmente, a grande maioria é de crianças e mulheres que são vistas por seus maridos, companheiros e namorados como objetos e propriedades. Pais agressivos estão muito próximos dos primórdios da humanidade”, destacou o deputado.

Texto: Jocélia Bortoli com informações da Prefeitura de Sapucaia do Sul

Fotos: Júlia Dutra Rosa

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