Treinamento orienta brigadistas de emergência do HMGV, da UPA e do SAMU

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De 30 de novembro até dia 16 deste mês, os trabalhadores selecionados pelas chefias e coordenações do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) participam do treinamento da brigada de emergência. O setor responsável pelo treinamento é o de Segurança do Trabalho da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas. Para respeitar a necessidade do distanciamento e a manutenção dos cuidados durante a pandemia do coronavírus, os 168 brigadistas de emergência foram divididos em turmas nos turnos manhã, tarde e noite para receber quatro horas-aula de instrução teórica e mais quatro horas-aula de capacitação prática.

“O curso é extremamente importante não apenas para a qualificação profissional dos funcionários, mas também para agregar conhecimento, para que tenhamos ciência de como agir em situações de risco e saber qual a melhor forma e método, utilizando os recursos disponíveis. É fundamental termos esse tipo de qualificação e o treinamento agrega valor ao profissional”, opina o auxiliar de segurança do HMGV, Matheus da Silveira Schmidt.

A técnica em segurança do trabalho, Daisy Tatsch, explica que o curso de brigadistas é feito por empresa especializada terceirizada contratada por licitação em 2019. Contudo, devido à pandemia, o seu cronograma de realização precisou ser adiado. Daisy comenta que a brigada de emergência faz parte do plano de emergência contra incêndio, que visa descrever orientações e procedimentos a serem seguidos pelos funcionários e visitantes das instalações do Hospital, quando da ocorrência envolvendo riscos de incêndio e/ ou explosão.

O engenheiro civil e chefe do setor de engenharia da FHGV, Pedro José Dorneles Müller, destaca que além de ser essencial para o aprendizado no caso de emergências, o curso faz parte de uma exigência do Corpo de Bombeiros para atender ao alvará de proteção contra incêndio. “Para mim, isso é importante para me desenvolver e acredito que todos que participam estão gostando de aprender a respeito do que fazer em caso de emergência. É importante para o hospital que a equipe seja treinada para que saiba agir se um dia precisar, evitando um mal maior”, ressalta.

Capacitação tem 4 horas-aula de parte teórica

Curso

O técnico de segurança do trabalho e ministrante do curso, Fernando Ferreira, explica que estão sendo ensinadas a teoria e a prática em torno da combustão e como acontece o processo de queima do fogo, como ele inicia dentro de uma instalação e como identificar o tipo de incêndio. Ferreira observa que existem classes diferentes de incêndio – A, B, C, D e K – e cada classe corresponde a um tipo de incêndio que pode ser combatido com o extintor adequado. Na capacitação, os brigadistas aprendem a identificar as classes e utilizar o extintor mais adequado.

“Nosso foco é a prevenção. É muito difícil controlar o incêndio se passar dos primeiros cinco minutos. Após esse período, se não tiverem controladas as chamas, dificilmente com o uso de extintores, a equipe de brigadistas vai fazer o combate eficiente e vai precisar do Corpo de Bombeiros. Além de focar na parte teórica e prática, também há no curso a apresentação do plano de emergência hospitalar que a gente criou para o HMGV. Apresentamos todas as rotas de fuga de todos os pavimentos do prédio, as saídas de emergência, os equipamentos de detecção e os alarmes de incêndio, os detectores de fumaça, os extintores de incêndio, as mangueiras de incêndio para combate com água e as sinalizações de emergência para identificar as rotas de fuga. O principal é as pessoas estarem treinadas e capacitadas para fazer esse combate com eficiência”, afirma o ministrante.

Dica para brigadista

Ser proativo, gostar de prevenção, ter condição física e mental são algumas das dicas de Ferreira para um brigadista ser bom na prevenção e no combate a incêndio. “Em situação de emergência, é preciso um pouco de esforço físico para carregar extintor e levar ao local sinistrado, tem que identificar o tipo de incêndio, então, precisa calma e paciência, não pode ser afobado e nem pode ser indeciso. A decisão precisa ser rápida e eficiente, mas com muita cautela. A dica que dou é ser proativo e gostar de prevenção, ver coisas que apresentam riscos ou são perigosos e fazer o reporte para o setor responsável”, orienta.

O técnico de segurança de trabalho disse ainda que na capacitação enfatiza para que o brigadista dê muita atenção para os equipamentos elétricos que são os que mais causam incêndios em instalações. Nesse caso, se o brigadista, perceber que um equipamento apresenta algum problema, curto, ou tem fiação exposta, é importante reportar para o setor responsável de prevenção e elétrica para fazer a inspeção e as devidas correções. Dessa forma, evita-se que o problema detectado se torne um sinistro que pode se tornar de grandes proporções, pois se as pessoas não forem treinadas para prevenção e combater o princípio de incêndio, vidas acabam em perigo.

“Como trabalhamos em hospitais, isso é bem complexo porque tem pessoas com questão da mobilidade reduzida, que precisam ter atendimento médico por 24 horas. Numa situação de emergência que precise evacuar o hospital, tem que ser muito bem pensada, planejada e executada para não acontecer erros. No HMGV, estamos trabalhando para fazer simulados de emergência de evacuação em 2021 para equipes estarem preparadas caso precisem fazer uma evacuação do hospital para salvar vidas e proteger o patrimônio. O objetivo do brigadista é proteger a vida em primeiro plano e, em segundo plano, o patrimônio, os bens, os materiais, os dados de onde trabalha”, reforça Ferreira.

Curso também tem 4 horas-aula de prática

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