Trabalhadores da FHGV recebem instruções para prevenirem o câncer de próstata

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Depois do câncer de pele, o de próstata é o mais frequente entre os homens. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos deles preferem não conversar sobre o assunto. Para reverter esse quadro, o Novembro Azul, um movimento mundial que acontece durante este mês, reforça a importância da prevenção e do diagnóstico da doença. Em consonância com essa proposta, dentro do calendário de atividades do Programa de Educação Permanente e Continuada da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), trabalhadores puderam participar da palestra Mitos e Verdades da Saúde do Homem realizada na manhã desta sexta-feira (29).

Trabalhadores da FHGV compareceram à palestra

Desde 2014 atuando na FHGV, o assistente administrativo Élber Souza não tem nenhum caso de câncer de próstata na família. No entanto, assim como acontece com a maioria dos homens, ele costuma procurar assistência em saúde apenas quando está com alguma dor ou sente algo diferente. Nesse sentido, a palestra ajudou para que conscientize ainda mais a respeito da importância dos exames de prevenção e do diagnóstico precoce de doenças. “Precisamos ter mais cuidados com a saúde num geral, e não somente com o câncer de próstata, por isso a prevenção é fundamental. Com a palestra estou cada vez mais tomando consciência disso”, opina.

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros e as maiores vítimas são homens a partir dos 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho. Na palestra Mitos e Verdades da Saúde do Homem, ministrada no auditório da Sede da FHGV pelo enfermeiro da Rede Municipal de Saúde de Sapucaia do Sul Alisson Lopes, foram fornecidos esclarecimentos acerca dos fatores de riscos e da Política Nacional Integrativa da Saúde do Homem.

Palestrante Alisson Lopes

Lopes lembra que seja feito o rastreamento com exame do antígeno prostático (PSA) e/ou toque retal apenas nos homens com sintomas relacionados à próstata. Homens com histórico em familiares de primeiro grau, idade maior que 50 anos e homens de cor de pele preta são alguns dos fatores de risco. Em homens sem sinais e sintomas, o rastreamento do câncer de próstata com exame de PSA tem potenciais riscos e benefícios muito equilibrados, por isso, defende-se a decisão compartilhada entre os homens e seus médicos, conforme orienta o Telessaúde/RS. Atualmente não existem outros exames de rastreamento capazes de identificar o câncer de próstata, diversos testes estão sendo desenvolvidos para melhorar a acurácia do rastreamento com PSA, ainda segundo o Telessaúde/RS. “Sempre orientamos que os homens mantenham a vida com hábitos saudáveis, seja não fumando, não bebendo em excesso, realizando algum tipo de atividade física e mantendo relações sexuais com o uso do preservativo”, reforça Lopes.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é tumor que afeta essa glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. As estimativas do Ministério da Saúde apontam 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames.

A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue por meio do PSA ou no toque retal prescritos com a suspeita de um caso por um médico especialista. O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, espalhar para outros órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como metástase.

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