Lançada a Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública
“A saúde do povo gaúcho clama por socorro”. A primeira frase do manifesto apresentado na tarde de quarta-feira (15), no lançamento da Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública, já revela o contexto que levou representantes dos poderes executivos municipais, parlamentares, instituições e trabalhadores ligados à área da saúde a iniciar o movimento que pretende reverter esse cenário de incertezas. Um grande ato, marcado para o dia 12 de agosto, deverá reunirá milhares de pessoas para apoiar as reivindicações da Frente.
O evento, que ocorreu no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado, deixou clara a idéia de que as iniciativas a serem tomadas não são contra um governo, mas a favor da saúde pública. O manifesto lançado pela Frente tem a assinatura de entidades como Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), Associação Gaúcha Municipalista (AGM), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS), União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (UVERGS), Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos, Associação Gaúcha dos Hospitais Públicos Municipais, Federação dos Trabalhadores em Saúde e Frente Parlamentar das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos.
Durante o ato no Plenarinho, aderiram ao movimento o Sindicato dos Enfermeiros e o Centro dos Movimentos Populares. A Frente, conforme esclareceu o deputado estadual Tarcísio Zimmermann, um dos organizadores da iniciativa, está aberta para outras adesões. Para o coordenador da Associação Gaúcha dos Hospitais Públicos e diretor geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), Juarez Verba, “é importante buscar a ampliação da representação dos usuários da saúde neste movimento”. Verba considera fundamental a união das entidades em favor da recuperação da saúde pública do Estado.
EM DEFESA DO SUS
Em outro trecho do manifesto apresentado pela Frente, destaca-se a confiança que os signatários têm no Serviço Único de Saúde (SUS), direito constitucional do povo brasileiro. “Com esta responsabilidade nos dirigimos aos governos estadual e federal, dizendo que somos parceiros, mas que é necessário que cada um cumpra sua parte”, diz o texto. “Através do diálogo, da mobilização social e, se necessário, de medidas judiciais, buscaremos que cada ente da federação garanta a aplicação regular, permanente e imediata dos recursos que a lei manda destinar à saúde”, continua.
Nas falas dos representantes das instituições signatárias, o convite para que a população se una à exigência do repasse mensal dos 12% por parte do Estado e para que o Governo Federal aumente os recursos para a saúde. O atraso do governo estadual no pagamento do Incentivo de Cofinanciamento da Assistência Hospitalar (IHOSP) também foi pauta das manifestações.
Entre as primeiras providências da recém lançada Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública está a solicitação de audiência com o governador e com o Ministério da Saúde, assim como um ato público, no dia 12 de agosto, reunindo todas as partes interessadas na pauta da saúde.
