Getúlio Vargas recebe visita técnica para obter certificação internacional como centro do AVC

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O Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), sob a gestão da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), em Sapucaia do Sul, foi a primeira casa hospitalar pública no Rio Grande do Sul a receber visita técnica da Coordenação do Programa Internacional de Certificação dos Centros de Acidente Vascular Cerebral (AVC) da América Latina. Em um ano, em torno de 468 pacientes com essa enfermidade foram atendidos no Getúlio Vargas. Um desses atendimentos foi para o sapucaiense Derli Quoos de 56 anos. Como de costume, no início deste ano, às 8h, ele foi até o sítio na área rural de Sapucaia para alimentar os animais. Sentiu-se tonto, ficou com dormência no lado esquerdo do corpo e deitou no chão. O filho Thales Quoos encontrou-o caído, pediu ajuda a um conhecido e seguiu a dica dele: “é um AVC, leva para o Getúlio Vargas”.

O caso do senhor Quoos reflete um pouco do trabalho realizado pelas equipes das unidades de saúde da FHGV porque ser referência para o tratamento do AVC representa, sobretudo, que a população saiba como proceder diante desse caso. A pressa justifica-se pelo fato de que cerca de dois milhões de neurônios morrem a cada minuto sem fluxo sanguíneo em alguma região do cérebro.

Zãn, senhor Quoss e família

Visita técnica

Nessa terça-feira (02/08), a coordenadora do Programa de Certificação dos Centros de Acidente Vascular Cerebral (AVC) da América Latina e do World Stroke Organization, Sheila Martins, realizou uma visita técnica interdisciplinar no HMGV. O objetivo foi conhecer melhor o trabalho feito pela Linha de Cuidado do AVC da FHGV, tirar dúvidas, conferir os fluxos e protocolos de atendimento e verificar a infraestrutura do hospital. Sheila, que é médica neurologista, explica que a visita técnica faz parte do Programa Internacional de Certificação de Centros de AVC pela Organização Mundial de AVC e a Sociedade Ibero-americana de Enfermidades Cerebrovasculares, que criou um programa com as sociedades médicas e neurológicas dos países da América Latina.

“Hoje, temos 13 países engajados nesse processo. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde também se engajou. O objetivo é garantir que tudo o que é baseado em evidência e beneficia o paciente está implementado nos hospitais que atendem paciente com AVC. Os centros de AVC fazem uma diferença enorme na avaliação rápida do paciente, no tratamento quando ele tem indicação, na recuperação precoce, na investigação da causa do AVC e na medicação pós-alta hospitalar. Tudo isso com uma equipe multidisciplinar para reabilitar precocemente esse paciente. Muitas vezes os centros de AVC são implementados, mas parcialmente o que está recomendado. Por isso, a ideia é que o hospital se prepare para ter tudo o que pode beneficiar o paciente. Muitas questões são organizacionais no processo da chegada do paciente até a alta hospitalar e o acompanhamento após a alta”, observa a coordenadora.

Antes da visita técnica no HMGV, o coordenador da Linha de Cuidado do AVC, Diógenes Guimarães Zãn, apresentou o trabalho das equipes multidisciplinares que contam com médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros profissionais encarregados nas etapas do atendimento do paciente com AVC. A apresentação foi acompanhada pela Direção da FHGV, pela Gerência do HMGV, e por Coordenações e Gerência Assistencial do Hospital Tramandaí. A Secretaria de Saúde de Sapucaia do Sul também acompanhou os dados do trabalho apresentado.

Texto e fotos: Jocélia Bortoli – MTB 9653/Comunicação FHGV

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