Unidade do AVC do Getúlio Vargas realiza rounds semanais sobre tratamentos dos pacientes

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A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) começou a utilizar na última terça-feira (29/3), uma nova metodologia para melhorar ainda mais o atendimento aos pacientes. Trata-se dos rounds: visitas multidisciplinares realizadas uma vez por semana para discutir cada caso na unidade.

A enfermeira Soranne Heitel Ramos Pêgo afirma que os rounds auxiliam a compreender melhor a saúde do paciente. “Essa abordagem faz com que possamos ver o paciente de forma holística, além de ajudar a equipe a interagir e tirar dúvidas”, diz Soranne. Ela acrescenta que, com a recuperação mais ágil, o tempo de internação também reduz e, consequentemente, mais pacientes podem ser acolhidos. Para a enfermeira, outro benefício é o conhecimento agregado como profissional. “Em cada reunião sempre temos a oportunidade de aprender coisas novas”, conclui.

De acordo com o neurologista e coordenador da Linha de Cuidado do AVC, Diógenes Guimarães Zãn, o objetivo dos rounds é a reunião com toda a equipe que atende o paciente: médicos, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros. “Com isso, é possível ter uma visão ampla da saúde da pessoa, considerando que o paciente AVC é complexo”, explica o coordenador. Segundo Zãn, a abordagem proporciona mais atenção aos sintomas e às características de cada um. “Por ter uma visão multifacetada de sua saúde e enxergá-lo como um todo, há a possibilidade de recuperações mais rápidas, uma vez que os sintomas vistos pela fisioterapeuta, por exemplo, também são vistos por outros especialistas”, detalha.

Paciente e familiar

A mudança já está trazendo resultados positivos para pacientes porque faz com que aprendam não apenas a lidarem com os casos de AVC, mas também a preveni-los. O aposentado Doraci Roco Telles Tardett, de 70 anos, acompanhado de sua esposa, Idelma Mesadri Tardett, de mesma idade, tiveram a oportunidade de participar do primeiro dia de round. Para Doraci, a reunião não apenas o ensinou a lidar com o AVC, mas o deixou mais calmo.

“Antes eu estava apavorado, não sabia o que fazer. Porém, os médicos explicaram tudo, até parei de comer para conversar”, brinca o paciente. Sua esposa, Idelma, sentiu-se aliviada com as instruções que recebeu para lidar com o marido. “Dou nota 200, não é nem 100, de tanto que gostei. É uma escola para a gente! Fiquei muito mais tranquila, foi como tirar um peso das minhas costas”, elogia a acompanhante. Ambos afirmaram que, graças à atividade, sabem como se prevenir e como agir em casos de AVC. “A partir de agora, já vamos fazer o que deveríamos fazer e não sabíamos. Valeu muito a pena”, finaliza Idelma.

Texto e foto: Amanda Krohn orientada por Jocélia Bortoli – MTB 9653/Comunicação FHGV


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