Atendimento rápido potencializa a recuperação de paciente AVC

O aposentado de 73 anos, Doli Elvandio Ferreira da Silva, morador do bairro Valderez de Sapucaia do Sul, conseguiu reverter quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC) com o atendimento prestado no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) com o auxílio do Projeto TeleStroke. Ele foi encontrado caído no chão dentro de casa pela esposa Vânia de Moraes. Com a ajuda de um vizinho, que percebeu a necessidade de atendimento hospitalar, ele foi para o Hospital São Camilo em Esteio. Lá, os profissionais identificaram que se tratava de um AVC e transferiram imediatamente Silva para a emergência do Getúlio Vargas, que é referência para o tratamento da doença.

No HMGV, a equipe de forma ágil utilizou os recursos do TeleStroke para tratar o caso. Em três dias, o aposentado teve alta hospitalar e sem grandes sequelas. “Meu tratamento foi especial e melhorei rápido. Não conseguia andar, mas graças a Deus, consigo e minha voz está boa. Usei cadeira de rodas, andador e muletas. O atendimento do Getúlio Vargas foi 100% e, se não fosse isso, eu teria sequelas. Fui muito bem atendido e recebi a medicação na hora certa e rápida. Só tenho a agradecer aos médicos, às equipes e também a esse projeto do TeleStroke”, afirma Silva.

A avaliação dos casos de AVC atendidos via TeleStroke tanto no HMGV quanto no Hospital Tramandaí é acompanhada pelo coordenador da Linha de Cuidado do AVC da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Diógenes Zãn. Esse estudo de cada situação e o desencadear do caso contribui no aperfeiçoamento desse tipo de atendimento. Verificar em casa como estava o senhor Silva fez parte de uma iniciativa do coordenador, que é médico neurologista. Zãn não fez atendimento direto à Silva, porém, em razão do TeleStroke, pode acompanhar e auxiliar na tomada de decisão para o tratamento do caso.

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Projeto
O Telestroke é uma modalidade de atendimento à distância que auxilia na identificação e na tomada de decisão no diagnóstico de acidentes vasculares encefálicos entre especialistas de neurologia vascular e profissionais clínicos que estão distantes geograficamente. Esse projeto é desenvolvido pela Boehringer Ingelheim e a Rede AVC para permitir uma rápida comunicação entre hospitais e neurologistas à distância, promovendo atendimento seguro e de altíssima precisão em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Para avaliar o andamento do projeto implantado pela FHGV, profissionais da Boehringer Ingelheim fizeram visitas técnicas no Hospital Tramandaí e no Hospital Municipal Getúlio Vargas. “Hoje, podemos tratar melhor o paciente com AVC em Sapucaia do Sul e Tramandaí. Estamos implantando um projeto inovador nessas duas cidades, que visa o tratar o AVC e o infarto do miocárdio por meio da telemedicina. Em conjunto com a Fundação, chegamos à conclusão que poderíamos fazer um parque tecnológico nos dois hospitais, já que são instituições referências para o tratamento de casos do AVC. O projeto iniciou no Getúlio Vargas e, em maio com a criação da Linha de Cuidado do AVC, estendeu-se para o HT e demais unidades geridas pela Fundação”, declara o gerente-geral da empresa para a região Sul, Daniel Cunha.

Cunha acredita que o projeto desenvolvido em unidades da Fundação poderá servir de modelos para outros hospitais brasileiros. A incidência anual de AVC a cada 100 mil habitantes é de 108 casos, e ao total, foram discutidos 82 casos pelo TeleStroke no Getúlio Vargas e HT.


Fatores de risco

Os fatores de risco para o AVC são hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, obesidade, consumo excessivo de álcool, depressão, alterações do colesterol e outras doenças cardiovasculares prévias. Contudo, 80% dos fatores de risco podem ser evitados, por meio de tratamento médico das condições citadas ou pela adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas.

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação FHGV
Fotos: Jocélia Bortoli