Cardiologista do Hospital Tramandaí apresenta caso de gestante covid-19 em evento da região Sul

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A médica cardiologista plantonista do Hospital Tramandaí (HT), Larissa Maia Ferreira, apresentou nessa terça-feira (19/05) o caso de gestante covid-19 assistida no hospital no 7º Encontro de Especialistas: Discussão de Casos Clínicos de Gestantes e Puérperas com Covid-19 da Região Sul. O evento foi virtual e reuniu a apresentação de caso do Paraná e mediadores de São Paulo e Minas Gerais. O enfermeiro-chefe das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do HT, Marcius Rafael dos Santos, que também prestou assistência à paciente, acompanhou o evento online.

O caso envolveu uma paciente de 30 anos, com um parto cesáreo anterior e nenhum aborto. Sobre a participação no evento, Larissa comenta que “considero uma oportunidade de trocar conhecimento e experiências dentro de um cenário crítico, onde ainda não existe resposta e protocolo para todas as necessidades do paciente”. Quanto ao desafio da assistência durante a pandemia, ela explica que “dentro de um ambiente de terapia intensiva, acredito que o maior desafio seja definir o momento de interromper ou não a gestação. Não existe resposta para isso. As alterações inflamatórias relacionadas à covid 19 predispõem à deterioração do bem-estar materno e fetal”, complementa a médica.

Larissa fez residência em Clínica Médica na Universidade Federal de Pernambuco e, em Cardiologia, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Atualmente, a médica trabalha em tempo integral na UTI covid-19 do Hospital Tramandaí, que é gerido pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas. Já o atendimento à paciente gestante aconteceu dentro da Linha de Cuidado Mamãe, Bebê e Criança do HT, que é coordenado pela enfermeira Priscila Silveiro Neto.

Caso

O caso apresentado pela médica do HT foi da professora e diretora de escola, Josiane da Cunha Ferreira. “Fui entubada numa terça de dia e realizaram a cesariana na madrugada. Às 5h33min, minha filha nasceu. Foi uma experiência única, pois sempre me cuidei para não contrair o vírus. Mas, Deus operou um milagre em nossas vidas. Tive uma linda experiência com Deus. Nada foge do controle dele. Ele sempre esteve presente comigo em todos os momentos. Tenho pouca memória do sofrimento na emergência, inclusive do parto, que não lembro porque já estava sedada e utilizando da ventilação mecânica”, revela Josiane.

Moradora de Cidreira, no litoral Norte, ela chama a equipe do HT de “anjos maravilhosos na minha vida. Um parto onde as chances de perder nós duas era muito maior que permanecer vivas. Minha pressão foi a 6 por 4 e eu nasci juntamente a ela”, revela Josiane. A bebê chama-se Ester e completou, no último dia 17, dois meses. Antes de ir para casa, ela permaneceu 33 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital.

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 /Comunicação FHGV

Fotos: Divulgação FHGV

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