Troca de experiência com profissionais do HCor potencializa tratamento de covid no HT

 In FHGV, Hospital Tramandaí, Notícias

As equipes do Hospital Tramandaí (HT) administrado pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas já estão participando de capacitação e troca de experiência multiprofissional através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) do Hospital do Coração de São Paulo (HCor). O programa é em parceria com o Ministério da Saúde e oferece suporte técnico para implementação de práticas de manejo dos pacientes acometidos pelo coronavírus no HT.

“O HCor têm um serviço de telessaúde por meio de sessões virtuais que contam com orientação, consulta e tele UTI nas áreas de medicina, enfermagem, fisioterapia e psicologia. O HT foi um dos escolhidos para fazer parte desse programa. As sessões contam com estudo de casos dos pacientes internados. Durante duas semanas, definimos com o HCor as melhores maneiras para que esse contato fosse efetivo e selamos a parceria com o primeiro round virtual. Eles analisam os desfechos dos casos, bem como os indicadores”, afirma o gerente de Atenção à Saúde do HT Luís Afonso Bataglim Cabral.

Para o gerente de Atenção à Saúde, outra ação importante é a padronização da conduta do manejo dos pacientes críticos com covid; identificação dos riscos na unidade entre profissionais e pacientes; redução das complicações secundárias desse manejo; apoio a todos os profissionais nas tomadas de decisões e na promoção de maior segurança para os assistidos com a diminuição do tempo de ventilação mecânica. Por fim, ele acrescenta que com essa parceria “há melhor acesso às informações de protocolos e treinamentos das demandas que o HT precisa nas áreas covid, os quais podem se expandir a outras áreas para serem aplicadas nos pacientes”.

Processos alinhados

Para o enfermeiro supervisor da unidade de terapia intensiva (UTI) geral e da UTI covid do HT, Marcius Rafael Amaral dos Santos, os rounds com equipe multiprofissional do HCor e os rounds da UTI geral do HT, instituídos há menos de um mês, otimizam tratamentos para que os desfechos não sejam prolongados. Além disso, segundo ele, os rounds servem para tirar dúvidas e alinhar os processos da assistência com os pacientes da UTI covid que, às vezes, se complicam ou têm desfechos não tão satisfatórios diante dessa doença nova. Outro apontamento feito pelo profissional refere-se às complicações de pacientes com coronavírus que dependem de olhares diferenciados, o que vem sendo possível com o trabalho conjunto entre o HT e o Hospital do Coração.


Avaliação multiprofissional é um dos pontos destacados por Marcius Rafael Amaral dos Santos.

“Otimizamos a parte técnica e a discussão médica tem sido importante e valorizada pela nossa equipe médica porque tomamos condutas a partir de questionamentos e orientações da equipe do HCor. Otimizamos situações traçadas como um plano de tratamento. Também é importante por causa da avaliação com olhar multiprofissional tanto nos nossos rounds quanto nos rounds do Hospital do Coração. Isso não apenas pela troca de experiência com quem já passou por uma situação e continua a enfrentar, mas porque eles conseguem planejar e discutir os recursos necessários. E, nós podemos implantar ou modificar a nossa assistência, por isso, tem sido muito válida essa experiência. A troca é vantajosa para a equipe e para os pacientes porque estamos conseguindo um bom manejo com as considerações deles. Diariamente, conversamos com médico intensivista, fisioterapeuta e enfermeiro para trocarmos experiências e mudarmos condutas que eles julguem relevantes. Isso agrega à instituição, aos profissionais e aos assistidos porque entendemos com maior clareza as situações apresentadas pelos pacientes que têm esse vírus novo com complicações novas”, ressalta.

A fisioterapeuta Verônica Farias de Vargas, que coordena esse serviço no HT, explica que é atualizado um sistema de cadastro diário de novos pacientes com coronavírus. “Discutimos os casos com médicos intensivistas do HCor que possuem elevada expertise, já que trabalham em grandes centros, têm muitas experiências e discutem a respeito dos casos. A iniciativa com o HCor é positiva porque fizemos um plano terapêutico horizontal com a discussão das ações na parte da fisioterapia, da enfermagem e da medicina. Traçamos planos terapêuticos com foco central no paciente e, em determinado tempo do dia, discutimos. Um profissional com expertise de fora faz com que repensemos as nossas condutas o que é muito bom. Eles por serem de grandes centros nos dão outras opções terapêuticas porque têm mais vivências. Além disso, é muito positivo o programa porque o objetivo é diminuir o tempo de ventilação mecânica no paciente e de internação hospitalar”, destaca.


“Fizemos um plano terapêutico horizontal com a discussão das ações na parte da fisioterapia, da enfermagem e da medicina”, afirma Verônica.
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