Vacina contra vírus sincicial respiratório para crianças é aplicado no sistema drive-thru no HT

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Na última sexta-feira (3), a equipe neonatal do Hospital Tramandaí (HT) que é administrado pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas vacinou crianças indicadas a receber anticorpo contra o vírus sincicial respiratório. O HT é polo de aplicação do palivizumabe, medicamento utilizado para combater esse tipo de vírus e disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Alguns dos casos indicados para o tratamento com esse medicamento são criança prematura e/ou cardiopata. A cada 30 dias podem ser aplicadas até cinco doses, em cada criança, no período de maior circulação do vírus de abril a agosto. A aplicação da vacina nos carros evitou a exposição de crianças em ambiente hospitalar e as aglomerações, sobretudo, nesta época de pandemia do coronavírus.

“Minha eterna gratidão à doutora Leda, à Graziela, à Luana e a toda a equipe neonatal do Hospital Tramandaí. Antes de tudo sabemos que vocês são mães, esposas e filhas e deixam suas famílias em casa em prol de todos os nossos filhos. Estavam lá na chuva e no vento e, mesmo assim, não deixaram de nos prestar tamanha assistência. Obrigada!”, afirma a dona de casa Deise Lummertz da Costa, mãe da Emanuelle de oito meses.

A nutricionista Laise Feltrin Bortolazzo, mãe de Ana Lara de 1 ano e 10 meses, também agradeceu a forma do trabalho da equipe do HT. “A aplicação do palivizumabe foi muito mais prática, e ao mesmo tempo, mais segura”, complementa. Já a mãe do Valentim de 6 meses e advogada Jéssica dos Anjos observa que “eu sou suspeita de falar porque sou fã assumida da equipe neonatal do Hospital Tramandaí, mas vocês estão de parabéns! Graziela, parabéns pela organização da equipe e obrigada por cuidar com tanto zelo pelos nossos pequenos!”.

Compromisso

Para a enfermeira Graziela Santos, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a aplicação nesse formato drive-thru demonstra o compromisso da instituição no atendimento, passando maior segurança aos pais e assegurando o tratamento às crianças diante da pandemia do novo coronavírus. “Agradeço o comprometimento e a dedicação da técnica de enfermagem Luana Rodrigues que é a profissional capacitada para a aplicação”, destaca. Graziela informa que as aplicações da vacina acontecem até agosto e a previsão é de que em maio continue da maneira drive-thru.

A médica neonatologista Leda Maria Lazzaretti Silveira, que avaliou os processos encaminhados pela 18ª Coordenadoria Regional de Saúde para que fossem feitas as aplicações de palivizumabe com base na solicitação dos médicos que prestam assistência às crianças, destaca a satisfação dos pais em relação à forma da aplicação do medicamento. Isso foi revelado através de mensagens enviadas à equipe.

Vírus Sincicial Respiratório

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal agente das infecções do trato respiratório inferior que acomete os lactentes e as crianças menores de 2 anos, no período de sazonalidade da circulação do vírus no Rio Grande do Sul, que ocorre de abril a agosto. Embora o palivizumabe seja conhecido como vacina, ele é um anticorpo monoclonal. Palivizumabe tem se mostrado eficaz na prevenção das doenças graves pelo VSR por apresentar atividade específica, neutralizante e inibitória da fusão contra este vírus, reduzindo a taxa de hospitalização relacionada à infecção gerada por ele.

Segundo o Protocolo Estadual, o uso do medicamento é um direito das crianças menores de 1 ano (com até 11 meses e 29 dias), que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas (com 28 semanas e 6 dias). Também têm direito as crianças menores de 2 anos, com doença pulmonar crônica da prematuridade definida pela dependência de oxigênio em prematuros a partir de 28 dias de vida acompanhada de alterações típicas na radiografia pulmonar ou dependência de oxigênio com 36 semanas gestacionais corrigidas em prematuro extremo.

Ainda têm direito a essa medicação, as crianças menores de 2 anos, com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, incluem-se as cardiopatias cianóticas em uso de medicamentos para controlar insuficiência cardíaca congestiva que precisarão de procedimento cirúrgico, bem como as crianças com hipertensão pulmonar de moderada a severa.

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