Taxa de ocupação em 115% e espera na Emergência preocupa Direção do HMGV

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Notícias

A Direção do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) vem alertando a população para que busque atendimento no local apenas nos casos de urgência e emergência. A orientação acontece há 30 dias e o quadro de superlotação permanece, pois o dado mais atualizado revela que a taxa de ocupação está em 115%. O HMGV conta com 159 leitos oficiais e 39 complementares lotados e existem 25 pacientes na Emergência, aguardando leitos de internação ou vaga na Unidade de Terapia Intensiva.

O pai do metalúrgico Marcos Garcia aguardou na Emergência do HMGV leito para internação por causa de infecção no tecido abdominal até as 23h dessa quinta-feira. Após uma drenagem, ele toma remédio para dor e antibiótico. “Meu pai tem 69 anos e já fez uma cirurgia no coração e outras duas de hérnias. Os profissionais são ótimos, cuidam muito bem dele e tentam tratar a infecção no abdômen sem cirurgia. Antes de vir para a Emergência, ele consultou no HMGV e fez raio-X na Unidade de Pronto Atendimento. No último dia 13, o pai se sentiu muito mal com dores e teve que vir para o hospital”, conta o filho.

A diretora hospitalar Loredi Becker explica que na Emergência não deveria ter pacientes internados porque ela serve somente de retaguarda para o atendimento. Loredi reforça a orientação para que os pacientes procurem mais a Unidade Básica de Saúde e a Unidade de Pronto Atendimento de Sapucaia do Sul antes de se dirigirem para o HMGV que deve atender os casos mais graves de acordo com classificação de risco estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Além disso, os pacientes de outros municípios devem buscar atendimento próximo dos locais que residem”, ressalta a diretora.

UBS e UPA

Com base no Ministério da Saúde, a Unidade Básica de Saúde (UBS) deve ser o contato preferencial dos usuários e a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde. Na UBS, é possível receber atendimentos básicos em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Os principais serviços oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e troca de receitas vencidas. Loredi comenta o atendimento numa UBS facilita para que o paciente tenha um problema resolvido sem precisar da assistência hospitalar.

Também segundo informações do Ministério da Saúde, a UPA funciona 24 horas por dia, sete dias por semana e pode resolver grande parte das urgências e emergências como doenças respiratórias, hipertensão e febre alta, cortes, cólicas renais, crises convulsivas, dores no peito e vômitos. O atendimento prestado na UPA é essencial para diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais e oferece exames de raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências.

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