CEPPIR encerra o Mês da Mulher com palestras de saúde

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Notícias

Para encerrar as atividades alusivas ao Mês da Mulher, a Comissão Especial de Políticas de Igualdade Racial (CEPPIR) da FHGV promoveu duas palestras enfocando o cuidado à saúde feminina, na tarde desta terça-feira (27), no auditório da FHGV. A enfermeira do Hospital Femina, Junara Nascentes Ferreira, abordou o Atendimento às Mulheres nos Serviços de Saúde com enfoque na violência obstétrica. Segundo dados apresentados, uma a cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência obstétrica. Em Porto Alegre, no período de 2001 a 2011, foi constatado que 75% das gestantes da raça branca fazem sete ou mais consultas de pré-natal, enquanto nas gestantes da raça negra esse percentual fica abaixo de 60%. Outra informação relevante foram os indicadores de Mortalidade Materna na capital gaúcha: Ocorrem em média 30 casos de morte materna em mulheres da raça banca por 100.000 nascidos vivos, nos últimos 10 anos. Na raça negra, esse número sobe para 90 casos em média no mesmo período.

Como proposta para combater este cenário no SUS, Junara incentiva as ações educativas, a sensibilização e capacitação de profissionais de saúde, a qualificação do preenchimento dos documentos e sistemas de informações do SUS, entre outras iniciativas.

Na sequência, a fisioterapeuta do Hospital Municipal Getúlio Vargas, Roberta Sá Brito, palestrou sobre Reabilitação do Assoalho Pélvico (estrutura formada por músculos e ligamentos que formam uma rede de sustentação dos órgãos localizados entre o osso do púbis e o cóccix).  Ela ressaltou a importância da reabilitação do assoalho pélvico para restabelecer suas funções e melhorar a qualidade de vida do paciente. É indicada no pré e pós-parto, por exemplo.

A presidente da CEPPIR, a enfermeira Zilmara Martins, comemorou o sucesso das palestras. “Nossa Comissão seguirá abordando temas ligados à saúde das mulheres, especialmente das mulheres negras, que ainda são discriminadas na assistência”, disse. “Vamos defender a equidade no SUS, respeitando o direito universal do cuidado aos homens e mulheres, independente de sua cor, gênero ou orientação sexual.”

No corredor de acesso ao auditório foi fixado um varal com imagens de denúncia à violência contra as mulheres.

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