Audiência Pública na AL encaminha providências sobre UPAs

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Audiência Pública realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa gaúcha no dia 30 de junho reuniu representantes do Ministério da Saúde, prefeitos, secretários municipais de saúde e gestores de diversas unidades de saúde do Estado para tratar dos limites de funcionamento das Unidades de Pronto atendimento (UPAs).

Entre os principais encaminhamentos estão a flexibilização das portarias do Ministério da Saúde, a análise mais acurada dos critérios para instalação das UPAs, aceleração nos processos de habilitação e qualificação, a presença de médicos estrangeiros do programa Mais Médicos nas UPAs e um número de maior de especialidades vinculadas às Unidades.

No final do encontro, os representantes do Ministério da Saúde, Maria Inês Por Deus Gadelha (Secretaria de Atenção à Saúde) e Haroldo Tolete (coordenador de Urgência e Emergência), enalteceram a qualidade do debate. Segundo a secretária, “as sugestões e os encaminhamentos que saem daqui são importantes e nos ajudarão a aprimorar a política que diz respeito às UPAs e à saúde como um todo no país”.

A Audiência Pública mobilizou as comissões de Saúde e Meio Ambiente (presidida pelo deputado Valdeci Oliveira) e de Assuntos Municipais (presidida pelo deputado Eduardo Loureiro).

Papel das UPAs

O Rio Grande do Sul conta atualmente com 13 UPAs em funcionamento. Outras 17 estão em construção e mais 15 em obras. As UPAs têm o objetivo de atender aos casos que ultrapassam as fronteiras do programa de atenção básica da saúde e que dispensam internação em hospitais. As dificuldades financeiras e a escassez de repasses dos governos estadual e federal vêm sobrecarregando os municípios.

O diretor geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), Juarez Verba, ressaltou que muitos municípios sem base populacional, e que formaram consórcios para instalação de UPAs, acabaram sem os recursos de coparticipação. Alguns administradores municipais, já avisados e preocupados com esse quadro, estão recusando as unidades ao constarem que não conseguirão atender às demandas de custo. Foi o caso de São Lourenço, conforme contou o ex-prefeito e agora deputado estadual Zé Nunes.

O que eles disseram

– Deputado Tarcísio Zimmermann: Sugeriu que a responsabilidade pela aceleração do processo de habilitação e qualificação das UPAs seja repassada para o Estado. Falou também sobre a criação da primeira UPA no RS, quando era prefeito de Novo Hamburgo.

– Diretor do DAHA, Alexandre Brito: Fez elogios ao modelo adotado pelo governo federal e lembrou a importância de os municípios, para terem uma UPA, também possuam investimento em atenção básica à saúde.

– Representante do Conselho Estadual das Secretarias Municipais de Saúde e gestora da UPA de Canoas, Ana Bol: enfatizou, principalmente, a necessidade de equilíbrio no cofinanciamento e o fortalecimento da atenção básica.

– Também se manifestaram representantes do SIMERS (Jorge Eltz), do Conselho Estadual de Saúde (Célia Chaves), do Tribunal de Contas (Eda Doederlein), o prefeito de Caxias (Alceu Barbosa Velho) e o deputado Ciro Simoni.

 

 

 

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